O câncer infantil pode provocar sintomas inespecíficos, parecidos com outras doenças pediátricas mais comuns, dificultando seu diagnóstico. Quando descobertos precocemente, muitos desses cânceres possuem alta taxa de cura, podendo chegar a 80%.
O setembro dourado é o mês de conscientização do câncer infantojuvenil, dedicado a alertar pais, profissionais da saúde, educadores e sociedade em geral sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas sugestivos do câncer em crianças e adolescentes.
O câncer infantil, diferentemente dos que ocorrem em adultos, não é resultado de exposição a fatores de risco e estilos de vida. Com isso, não há formas de se prevenir da doença. Por isso, precisamos estar atentos aos sinais de sintomas mais comuns:
- palidez, hematomas ou sangramento;
- caroços ou ínguas, sem sinais de infecção;
- perda de peso inexplicada ou febre persistente;
- pupila branca ou estrabismo recente, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;
- inchaço abdominal;
- dores de cabeça, especialmente se persistentes, vômitos (em especial pela manhã);
- dor em membros ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção;
- tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.
A presença desses sintomas não indica um caso de câncer infantil e, sim, um alerta para que os responsáveis procurem atendimento médico. E no caso de suspeita de câncer, que o paciente seja encaminhado para avaliação de um especialista.
Os tipos de câncer mais frequentes em crianças e adolescentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central, os linfomas, os tumores ósseos, o retinoblastoma, o neuroblastoma e o tumor de Wilms.
O diagnóstico do câncer infantil é realizado por meio da análise dos sintomas apresentados pelo paciente e de realização de exames específicos, como biópsia da lesão suspeita e exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética nuclear, por exemplo).
O tratamento dependerá do tipo de câncer, mas de uma maneira geral envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
É importante que a criança ou adolescente com câncer infantil receba acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, sendo essencial que o tratamento seja feito em um centro especializado, como o oferecido pelo Grupo Oncominas, onde o paciente é visto de uma maneira global.
Fique atento às crianças e adolescentes. Na presença de sinais de alerta, procure seu pediatra. E pediatras, na suspeita de câncer infantil, encaminhe para o oncologista pediátrico.
Por Dra. Renata Fittipaldi, CRM/MG 90.606, Oncologista Pediátrica/Transplante de Medula Óssea Pediátrico no Grupo Oncominas e professora da Faculdade de Medicina de Itajubá-MG.