O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (que afeta o sistema linfático).
Ninguém espera que uma doença como o câncer possa atingir alguém com tão pouco tempo de vida. É por isso que muitos pais ficam aflitos quando descobrem que o seu filho pode ter a doença. Felizmente, com os avanços da pesquisa e dos tratamentos, o câncer infantojuvenil já pode ser derrotado quando diagnosticado a tempo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticadas com câncer anualmente no Brasil, o que representa uma média de 32 casos por dia e é considerada a primeira causa de morte por doença na população infantojuvenil.
A doença em estágio inicial costuma ser difícil de ser diagnosticada, principalmente porque os sintomas muitas vezes podem ser confundidos com o de doenças comuns na infância, como viroses e resfriados. Porém, ficar atento se os sinais e sintomas não desaparecerem em um prazo de 7 a 10 dias, é preciso voltar ao médico e insistir para obter um diagnóstico mais detalhado com exames laboratoriais ou radiológicos.
Os sinais e sintomas da doença são:
– dores de cabeça pela manhã e vômito;
– caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
– dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças;
– manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas;
– aumento de tamanho de barriga;
– brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash;
– febre persistente que não melhora após 10 dias.
Entre os cânceres mais comuns, os 3 principais são:
* Leucemia, concentrando 33% dos casos. Os sintomas mais comuns são: Palidez, sangramentos anormais, febre, dores nos ossos e articulações.
* Tumores cerebrais, representam 20% dos casos. Os sintomas mais comuns são: dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, convulsões e até mesmo dificuldade para se caminhar ou manipular objetos.
* Linfomas, atingem 12%, e se manifestam com o aumento dos gânglios (ínguas), acompanhada de febre, emagrecimento, no subtipo Hodgkin. Nos linfomas não Hodgkin, observa-se em crianças pequenas massas extensas no abdômen, tórax ou em outra parte do corpo.
Os pais devem ficar atentos aos problemas que não somem. Após o diagnóstico devem procurar tratamento imediato que, se aplicado nas fases iniciais da doença, permite a cura em cerca de 70% dos casos. Mas, para se chegar nesse patamar, é fundamental o diagnóstico precoce.